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Vacinas salvam

Poliomielite

As vacinas contra poliomielite foram as primeiras vacinas virais obtidas em cultura de células.

A poliomielite é uma doença altamente infecciosa, incurável, causada por vírus que afeta o sistema nervoso e provoca paralisia que pode ser letal. Ocorre geralmente em crianças com menos de 5 anos.

Em 1955 ocorreu o licenciamento da vacina inativada da poliomielite (IPV), desenvolvida por Jonas Salk. Dois anos antes, Salk vacinou a si mesmo e a sua família.

O trabalho de Salk só foi possível porque no ano anterior John Enders, Thomas Weller e Frederick Robbins no Boston Children’s Hospital conseguiram cultivar o vírus da poliomielite em tecido humano. O sucesso do cultivo do vírus da poliomielite rendeu aos autores o prêmio Nobel de 1954.

Em 1960 surge a vacina oral contra poliomielite (Sabin, Zé Gotinha) usando vírus atenuado, desenvolvida por Albert Sabin, médico e microbiologista. É administrada através de gotinhas diretamente na boca das crianças.

Em 1988, a poliomielite ocorria em 125 países e atingia 350 mil pessoas. Os enormes esforços globais para a imunização contra a doença, coordenados pela Organização Mundial de Saúde, permitiram que a incidência da doença fosse reduzida em 99%, quando passou a ocorrer em apenas 2 países em outubro de 2023. As iniciativas para a erradicação continuam sendo recomendadas pela OMS como forma de impedir a ressurgência global da doença.

Atualmente, o Brasil está livre da circulação do vírus causador da poliomielite há 34 anos, mas a redução do uso da vacina aqui e em outros países levanta a preocupação com seu retorno.  As ações de divulgação parecem ter tido efeitos benéficos uma vez que entre os anos de 2022 e 2023, a porcentagem de imunizados com vacina inativada  no Brasil subiu de 77% para 84,63% (Programa Nacional de Imunização). Há ainda, no entanto, risco de reintrodução da doença que só pode ser diminuído com ampliação da cobertura vacinal.

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